quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Região Oceânica

Foto: Jorge Luiz Silva
Rua do Loteamento Maravista alagada depois de chuva. Drenagem e pavimentação de três ruas por mês ficam apenas no papel.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Nos Prazeres, UPP em vez de remoção

Por Elson Sousa e Silva Jr. e Sandra Amancio

No lugar da destruição causada pelo deslizamento de terra, um muro e uma faixa que diz “A geografia foi modificada, porém nada poderá mudar a história”. Esse é o cenário que os moradores do Morro dos Prazeres, em Santa Tereza, veem no local onde morreram 34 pessoas nas chuvas de abril do ano passado.

Até hoje, a comunidade sofre com um sistema de saneamento básico precário e o fechamento da única creche do local. Mas conseguiu permanecer no local: em vez da remoção anunciada pela prefeitura logo após a tragédia, com base num susposto laudo da Geo-Rio, que condenaria a área, o morro recebeu uma Unidade de Polícia Pacificadora em fevereiro deste ano.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

População de Teresópolis se mobiliza pelos problemas que perduram desde a tragédia de janeiro

Por André Coelho e Mário Cajé

Cinco meses após as chuvas que devastaram a região serrana, moradores de Teresópolis continuam com os protestos por ações efetivas do governo para a reconstrução do município. As chuvas do dia 12 de janeiro deixaram mais de 380 mortos só em Teresópolis, onde se formou a Comissão de Defesa Popular.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Em Ititioca, persistem os vestígios da destruição

Por Gustavo Lethier e Paula Pontes

Ititioca: as marcas da destruição um ano depois da tragédia
Um ano depois das chuvas que arrasaram várias comunidades de Niterói, as marcas da destruição ainda estão pelo caminho. Em Ititioca, vizinha ao Morro do Céu, alguns serviços, como a coleta de lixo e o programa Médico de Família já funcionam normalmente. Entretanto, são visíveis os sinais da catástrofe, como móveis inutilizados pela enxurrada, à espera de remoção. E alguns problemas se agravaram, como o abastecimento de água que corre ao lado do esgoto a céu aberto, e que afeta o próprio centro clínico, obra da prefeitura de Niterói.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Campo Novo ontem e hoje: o dilema do Rio Matapaca

Por Ronaldo Rodrigues

Campo Novo é uma localidade de Maria Paula, bairro localizado parte em Niterói e parte em São Gonçalo. Nesta região as águas do rio Matapaca subiram e invadiram casas a mais de 60 metros de distância de onde correriam normalmente. Mesmo em pontos afastados do leito, a água atingiu mais de 1,80m de altura. Casas ficaram submersas, algumas foram destruídas, mais de 100 pessoas ficaram desabrigadas, moradores perderam tudo que possuíam e alguns tiveram de ser resgatados de barco dos telhados de suas casas. Apesar da atualidade do tema, este incidente não tem nada de novo.

domingo, 15 de maio de 2011

Capa de jornal vira protesto contra prefeitura

Por Bárbara Teixeira e Paula Pontes

O jornal já era velho, mas o protesto continuava atual. Por isso o Comitê dos Desabrigados de Niterói resolveu, em sua reunião do dia 2 de maio, espalhar pela cidade cartazes com a reprodução da capa do jornal Extra de 7 de abril, que estampava a foto do prefeito de Niterói, Jorge Roberto Silveira, debaixo do apelo de “Procura-se”, no melhor estilo faroeste.

sábado, 23 de abril de 2011

Comércio de Teresópolis tenta se recuperar após tragédia de 12 de janeiro

Quase seis meses após o maior desastre ambiental do país, empresários lutam para retomar o ritmo de trabalho

Por André Coelho e Júlia Garcia

Restarante Linguiça do Padre, na zona rural de Teresópolis:
parado há 2 meses, ainda funciona abaixo da capacidade
Oswaldo Tatagiba tem 81 anos e é proprietário do tradicional restaurante Linguiça do Padre, no bairro de Bonssucesso, zona rural do município de Teresópolis. O local é conhecido pela receita própria de linguiça artesanal, além de pratos típicos da culinária alemã e da culinária mineira. Após a tragédia que destruiu parte da cidade na madrugada de 12 de janeiro, o restaurante ficou dois meses parado. “Ficamos ilhados, sem telefone, sem nada. Só tínhamos luz graças a um gerador”, lembra ele. A situação só começou a se normalizar a partir de maio e a casa consegue , com muito esforço, funcionar com 80% da capacidade.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Ato público relembra a tragédia causada pela chuva em Niterói há um ano

Por Túlio Clemente (texto e fotografia)


Um ato público realizado no dia 6 de abril, no Centro de Niterói, marcou o primeiro ano da tragédia causada pelas chuvas na cidade. Cerca de 300 moradores das comunidades atingidas, além de estudantes e representantes de sindicatos participaram da manifestação em protesto ao descaso com as vítimas dos deslizamentos e em memória aos 169 mortos na tragédia.

Segundo vereador, governo do estado passará a depositar o aluguel social

De acordo com a Prefeitura de Niterói, 3.200 pessoas estão inscritas no programa de auxílio-moradia, mas apenas 2.400 vêm recebendo o benefício. Mas o vereador Waldeck Carneiro, do PT, que participou da passeata, afirmou que a situação é ainda mais grave:

“Dados da própria prefeitura mostram que existem outras 6 mil pessoas que têm laudo de interdição de suas casas e que sequer entraram no programa. Essa é a nossa tragédia”, disse ele.

Waldeck afirmou que a Prefeitura assinou, em 21 de março, um termo de cooperação com o governo do estado, que permitirá a manutenção do aluguel social por mais nove meses. Segundo o vereador, o dinheiro não será mais repassado pela Prefeitura e sim pelo governo estadual, que fará o depósito diretamente na conta bancária da pessoa cadastrada.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Durante e depois da chuva, a tensão num condomínio em Teresópolis

Por Tania Clemente de Souza

Na madrugada da última quarta-feira, a região serrana do Rio foi atingida por uma chuva de proporções incalculáveis. Vivenciei de perto as consequências deste fenômeno, sem entender bem o que se passava. Alguns fatos merecem ser relatados para que se tirem deles algumas reflexões.

De ângulos diferentes, o lago do condomínio, como era
(foto José Limeira) e como ficou (foto José Carlos Suela) 
O local: Retiro da Serra Fazenda Clube 

Nos meados dos anos 60, um grupo de pessoas requisitou junto ao Incra a posse de uma área de terras localizada na antiga Fazenda Alpina, distrito de Santa Rita, Teresópolis. A área escolhida era paradisíaca: um grande lago artificial, alimentado pela água corrente de um rio, cuja nascente se localiza na própria região, é cercado por montanhas que, por circundarem o lago, parecia que o abraçavam. Na parte baixa desta área foi construída a sede de um clube e lançados os seus estatutos. Quem comprasse um título, ou mais, do clube teria direito a um quinhão de 144m2 de terra por título e poderia, também, construir uma casa em qualquer trecho do terreno.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Trabalhadores apelam por moradores de Santa Rita

Por Sylvia Moretzsohn
Fotos de José Carlos Suela

“Por favor, põe aí um apelo pro pessoal de Santa Rita. Eles estão isolados, sem água, sem comida. Precisam de ajuda urgente”.

Teresópolis recebe reforços para agilizar operações de resgate

Por André Coelho

O Exército e policiais civis de delegacias da capital reforçaram as operações de resgate e o controle do trânsito nos acessos às áreas de risco como Fischer, Poço dos Peixes e Três Córregos, em Teresópolis. A Força Nacional de Segurança e a Polícia Militar passaram a patrulhar pontos estratégicos da zona urbana do município. Desde o início da crise causada pelas chuvas, o número de pessoas nas ruas do centro cai diariamente.

 Cinco dias após a tragédia que devastou Teresópolis, a população obedece aos apelos da Defesa Civil e da prefeitura para permanecerem em casa. O trânsito, que estava completamente congestionado na quarta e quinta-feira, está fluindo regularmente, mesmo com as interdições espalhadas pela cidade. O número de carros nas ruas diminuiu, assim como o de pedestres. A maior parte do movimento é de voluntários para os centros de recolhimento de donativos e de apoio aos desabrigados, além de moradores que precisam comprar mantimentos.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Número de mortos em Teresópolis é imprevisível

Por André Coelho

Caminhões frigoríficos aguardam corpos do IML
Os legistas trabalham praticamente sem descanso. No fim da tarde de sexta, já haviam realizado a necrópsia de todas as vítimas, mas o  quadro se altera rapidamente com a chegada de mais corpos. A movimentação de parentes continua intensa, mas diminuiu em relação aos primeiros dois dias. Os corpos vêm sendo liberados rapidamente para os enterros. Os processos de identificação de cadáveres não reclamados é o que atrasa muitas liberações.

Postos de doações


UFF recolhe contribuições e organiza doação de sangue para vítimas das chuvas

A Universidade Federal Fluminense está de plantão neste fim de semana, das 9h às 17h, para recolhimento de donativos - principalmente água, mas também alimentos não perecíveis e produtos de limpeza e higiene pessoal - para as vítimas das chuvas na região serrana do Rio. As contribuições devem ser entregues no saguão da reitoria, na rua Miguel de Frias, nº 9, em Icaraí. A campanha de arrecadação continua normalmente na segunda-feira, das 9h às 18h.

Quem quiser doar sangue pode se dirigir ao hemocentro do Hospital Universitário Antonio Pedro, na rua Marquês do Paraná, nº 303, Centro de Niterói, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h. É necessário levar documento de identidade com foto, estar bem de saúde, ter entre 18 e 65 anos e pesar mais de 50 quilos, não estar em jejum - mas evitar alimentos gordurosos -, não ter ingerido bebida alcoólica nas últimas 12 horas e, no caso das mulheres, não estar grávida ou amamentando. Mais informações pelo telefone 2629-9063.